terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Como vos prometi... Cá está... Nós e os Outros!!!

Juventudes Partidárias:

As Juventudes Partidárias em Portugal são também estruturas de jovens politizadas que têm como principal objectivo expressar os valores dos diferentes partidos através de uma postura mais irreverente e juvenil. As Jotas como vulgarmente são denominadas, têm diversas funções: são um espaço de activismo político, uma escola de liderança, um instrumento partidário ou para alguns mesmo um trampolim para um cargo.

As juventudes partidárias têm por base hierárquica organizações locais e regionais, são sempre regidas por um Congresso Nacional que coordena em termos nacionais. A formação cívica, defesa dos direitos dos jovens e promoção da ideologia dos partidos são os seus motes. Cada Jota possui Estatutos próprios mais ou menos dependentes do partido, mas sempre autónomas destes, que privilegiam a participação cívica e a interacção social. Em termos financeiros dependem na sua maioria a cem por cento dos partidos o que por vezes limita os planos de acção das mesmas, tentando todas as concelhias e distritais, convencer os respectivos partidos a financiar os seus projectos e ideias. As Juventudes Partidárias estão sujeitas à Lei de Financiamento dos Partidos.

E têm na actualidade como o maior meio de comunicação com os seus militantes a Internet e publicações on-line, as quais são jovens, dinâmicas, com designs arrojados e irreverentes, ali disponibilizam “mailing-lists”, notícias constantes sobre as suas actividades, panfletos e documentos de interesse tais como os estatutos e fichas de filiação.

As suas principais actividades são debates e convívios e interacção com as comunidades esta última aos níveis locais, fora das sedes de cada estrutura as Jotas organizam jantares convívio, conferências, comícios, eventos desportivos, panfletos, jornais entre muitas outras actividades, em termos nacionais as Jotas começam cada vez mais a apostar em out-doors que lhes permitem usufruir de uma maior visibilidade.

As juventudes partidárias funcionam então como um “laboratório de ideias”, expressão do politólogo André Freire que pretende com isto exprimir que com a irreverência própria dos jovens estes exploram ideias novas as quais os partidos não podem proclamar, fala então o especialista em ciência política, do papel vanguardista da JS e da JSD no que concerne a aspectos de “índole cultural e de costumes” e é nestas áreas que as juventudes conseguem evidenciar-se.

Existem em Portugal diversas Juventudes Partidárias: A JS (Juventude Socialista), a JSD (Juventude Social Democrata), a JCP (Juventude Comunista) a JP (Juventude Popular), a JN (Juventude Nacionalista), a JB (Juventude do Bloco). São várias e as mais relevantes e com maior expressão em termos nacionais são as primeiras acima referidas. Traduzindo desta forma o peso do Partido do governo, bem como do maior partido da oposição.

No entanto o maior evento organizado por uma juventude partidária que têm mais relevância e também movimenta um maior número de pessoas é a conhecida Festa do Avante, organizada pela JCP, em óbvia colaboração com o partido.

Traçando agora as linhas gerais das Jotas mais relevantes:

JP, na sua base estão os núcleos, organizações (lugares, aldeias, freguesias) que definem estratégias de acção de zona, seguem-se-lhe as comissões políticas concelhias que coordenam estes núcleos e definem estratégias para os concelhos.

O congresso é um encontro nacional de representantes de todos os núcleos e de todas as concelhias, de forma a se traçarem os estatutos e as linhas de acção ao nível nacional. No topo hierárquico desta estrutura estão o Secretário-Geral e o Presidente.
A JP têm como principais fins expressos nos seus estatutos, artigo 3º:
“a) Estudar e tomar posição sobre todos os factos relevantes da política local, nacional,
internacional, 3[3] e, de um modo geral, defender perante os órgãos de poder os interesses da juventude 4[4];
b) Promover a difusão das ideias e valores da Juventude Popular, de acordo com o seu
Programa e com a Carta Personalista da Juventude;
c) Oferecer a todos os jovens um meio de participação na vida política, de forma influenciá-la nomeadamente, nas questões que se prendam com a juventude;
d) Promover o esclarecimento e a formação cívica, política e cultural da juventude;
e) Participar na prossecução dos objectivos globais do CDS/PP5 [5] para a sociedade portuguesa;
f) Participar e influenciar a produção legislativa nacional, de acordo com o seu programa.”

JCP, segue uma linha extraordinariamente mais chegada à do seu partido, mas não têm secretário-geral, procedendo a este papel de uma forma discreta o líder do PCP. O órgão mais importante em termos efectivos é então o Congresso, que se reúne trienalmente para aprovar estatutos, definir orientação política, e eleger a direcção nacional. A Comissão política, como órgão máximo, tem como principal função a definição da politica de juventude e o secretariado lida com as questões de fundos e de património da estrutura. Em termos de distribuição no país o órgão máximo é então o encontro regional, que é um organismo executivo que se responsabiliza por encaminhar os trabalhos da Jota na região. Existem ainda os colectivos locais (escolas, fábricas) e as comissões concelhias que coordenam as actividades dos colectivos. Para a JCP a prioridade é formar colectivos nas escolas, faculdades e fábricas de onde emanarão os órgãos superiores da hierarquia.

Na JCP, os primeiros cinco princípios orgânicos, aprovados no último congresso em 2006, evidenciam os seus propósitos actuais e expressam a filosofia desta Juventude:


“1. A JCP assume-se, pelos seus objectivos, propostas e acção no desenvolvimento do movimento das lutas juvenis, como a organização revolucionária da juventude.
2. A JCP orienta a sua acção tendo como base teórica o marxismo-leninismo, concepção materialista e dialéctica do mundo, no espírito do internacionalismo proletário, enriquecendo-se pela análise da realidade e da sua evolução, pelos conhecimentos e experiências transmitidos por gerações de jovens comunistas, pela actividade das organizações comunistas, revolucionárias e progressistas de outros países e pelo conhecimento que lhe advém da profunda ligação ao movimento juvenil e aos jovens em Portugal.
3. A JCP actuando no quadro dos princípios, dos objectivos de acção e do programa do PCP, elabora as suas próprias orientações com base no conhecimento dos problemas juvenis, decidindo sobre o seu trabalho, actividade, propostas e intervenção no movimento juvenil.
Estas características conferem-lhe, no prosseguimento das tradições revolucionárias de gerações de jovens comunistas, o estatuto de organização autónoma do PCP.
4. Na JCP, os jovens trabalham e lutam por uma nova sociedade a construir com o povo português, onde não haja lugar à exploração do Homem pelo Homem, onde seja possível a plena concretização dos direitos e aspirações juvenis e em que a vida tenha os mais vastos horizontes de realização individual e colectiva - o Socialismo e o Comunismo.
5. Na JCP, os jovens aprendem o valor da luta organizada em defesa dos seus direitos e pela concretização das suas aspirações. “

JSD, é das Juventudes partidárias portuguesas com maior expressão em termos nacionais, e organiza-se de forma-se semelhante à do partido pois existem núcleos residenciais, que reúnem ao nível local, os conselhos regionais e os distritais definem planos de acção para as regiões e distritos, e em termos nacionais há o conselho nacional, a comissão política nacional, e o conselho de jurisdição nacional. Do congresso que se realiza bienalmente saem as linhas orientadoras da estrutura e elegem-se os novos órgãos nacionais através dos votos dos representantes das concelhias e dos distritos. Em permanência de liderança está o secretário-geral. As linhas de principais tarefas da JSD vêm contempladas no artigo segundo dos Estatutos:
“a) Contribuir para a educação cívica e formação política da juventude
portuguesa, defender os seus legítimos direitos, e promover a sua
representação e participação políticas;
b) Lutar pela garantia do exercício dos direitos civis e políticos, segundo os
princípios da Declaração Universal dos Direitos do Homem;
c) Participar activamente na definição da política de âmbito nacional,
regional, municipal, local e sectorial, na perspectiva da defesa dos
interesses da Juventude Portuguesa;
d) Intervir, em representação dos jovens portugueses, no processo político
europeu, a nível nacional e no quadro da participação portuguesa na União
Europeia;
e) Promover e apoiar a Lusofonia reforçando e incentivando os laços
identitários entre os países de língua oficial portuguesa;
f) Contribuir para a definição programática do PSD e para o estudo e
divulgação, adaptada à realidade portuguesa, da Social Democracia.”

JS, é também bastante expressiva como Juventude partidária de representação portuguesa e organiza-se da seguinte forma, em termos locais organizam-se núcleos incorporados em secretariado, comissão política de concelhia e assembleia-geral de militantes da concelhia. Há ainda órgãos ao nível federativo e nacional que são os responsáveis pela definição das directrizes entre os congressos. O congresso define as estratégias ao nível nacional, a JS é dirigida também por um secretário-geral. Os estatutos desta organização privilegiam uma definição que é composta no artigo primeiro: “1. A Juventude Socialista é uma organização política de jovens que pugna pela implementação do socialismo democrático, visando uma sociedade mais livre, justa e solidária, no respeito pelos princípios do respeito da dignidade da pessoa humana, do pluralismo de expressão e da democracia interna e externa.
2. A Juventude Socialista empenha-se na correcção das desigualdades sociais, através da execução de uma plataforma política que promova a integração dos indivíduos na comunidade em que se inserem, independentemente da sua raça, sexo, orientação sexual, idade, condição económica e convicções políticas, religiosas ou filosóficas.
3. A acção da Juventude Socialista visa a internacionalização do socialismo democrático.
4. A juventude Socialista contribui para a solução pacífica de quaisquer conflitos internacionais, bem como para a salvaguarda do direito da autodeterminação de todos os povos.
5. A Juventude Socialista condena e combate o recurso a qualquer forma de agressão armada ou de prática terrorista, independentemente da sua sustentação ideológica ou política.
6. A Juventude Socialista compromete-se com a construção de uma União Europeia que assuma internacionalmente os valores e princípios democráticos pelos quais se norteiam os Povos da Europa e a República Portuguesa.
7. A Juventude Socialista contribui para a formação, participação e representação política dos jovens portugueses.”



Acrescento que é muito útil conhecer o Outro, faz-nos ser mais humildes, atentos e valorizar mais e melhor a nossa escolha partidária!!!


JSD JSD JSD!!!


Beijinhhos a todos cheios de saudades...

Saudações laranjinhas!!! ; )

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